Pérolas de Sabedoria

terça-feira, agosto 02, 2005

ÀS VEZES


Às vezes apetece-me escrever sem pensar, deixar que as palavras corram velozes pela mente e que a mão, se for suficientemente rápida, as capture e cristalize.
Às vezes apetece-me fazer ligação directa entre o que sinto e o que escrevo e esquecer o Eu que pensa, que ordena, que organiza, que define, que restringe.
Às vezes apetece-me apanhar unicamente o ritmo das palavras, esquecer significados.
Às vezes apetece-me brincar com os sentidos segundos das ideias, procurar o que não é directo, o que desponta apenas.
Às vezes apetece não pensar, não ter lógica, não justificar, não arguir.
Às vezes apetece-me o apenas brincar com as letras que se juntam ao sabor de ordens místicas.
Às vezes apetece-me algo que eu não consigo identificar.
Às vezes apetece-me a não responsabilidade.
Às vezes apetece-me o sonho.
Às vezes apetece-me a liberdade de quem não tem amarras que lhe prendem movimentos, apetece-me ignorar a gravidade que me prende ao solo.
Às vezes apetece-me …

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