ÀS VEZES
Às vezes apetece-me escrever sem pensar, deixar que as palavras corram velozes pela mente e que a mão, se for suficientemente rápida, as capture e cristalize.
Às vezes apetece-me fazer ligação directa entre o que sinto e o que escrevo e esquecer o Eu que pensa, que ordena, que organiza, que define, que restringe.
Às vezes apetece-me apanhar unicamente o ritmo das palavras, esquecer significados.
Às vezes apetece-me brincar com os sentidos segundos das ideias, procurar o que não é directo, o que desponta apenas.
Às vezes apetece não pensar, não ter lógica, não justificar, não arguir.
Às vezes apetece-me o apenas brincar com as letras que se juntam ao sabor de ordens místicas.
Às vezes apetece-me algo que eu não consigo identificar.
Às vezes apetece-me a não responsabilidade.
Às vezes apetece-me o sonho.
Às vezes apetece-me a liberdade de quem não tem amarras que lhe prendem movimentos, apetece-me ignorar a gravidade que me prende ao solo.
Às vezes apetece-me …
3 Comments:
Carlinha,
se te apetece... faz.
O importante é sempre sentirmo-nos nós mesmos.
Liberta as amarras e liberta-te dos preconceitos que a sociedade pode por vezes criar.
Beijo.
By Å®t Øf £övë, at terça-feira, agosto 02, 2005
Olá carlinha.
Ás vezes o importante é fazer o que nos apetece...
Quando te apetecer, sai da responsabilidade, e sonha...
Muitos beijinhos...
By pensamentos, at terça-feira, agosto 02, 2005
olá, adoro os teus textos, fico sempre a aprender alguma coisa, ainda bem que existem pessoas como tu.
Bjs Carla & Nicole
By Anónimo, at quarta-feira, agosto 03, 2005
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